Banco de Portugal faz alerta para evitar o crédito fácil e fraudulento

Preocupado com a suposta concessão de crédito fácil, o Banco de Portugal deixou um alerta.

“Antes de contratarem quaisquer empréstimos ou entregarem quaisquer quantias no âmbito de contratos de empréstimo, os visados deverão sempre verificar, cuidadosamente, a legitimidade das entidades financiadoras, nomeadamente, mediante consulta prévia do sítio do Banco de Portugal na Internet, onde está publicada a lista de instituições registadas e, portanto, habilitadas a exercer atividade financeira em Portugal.”

O número de fraudes tem crescido e é urgente as pessoas estarem informadas. Para tal, o Banco de Portugal dá a conhecer algumas particularidades das propostas que se apresentam como fáceis, rápidas, sem formalidades e sem necessidade de garantias.

Banco de Portugal alerta população

Habitualmente, o contacto com novos clientes é feito através de correio eletrónico, em resultado da publicitação de ofertas de crédito em redes sociais e em que se recorre a perfis falsos e em que se usam imagens de pessoas de notoriedade pública, obviamente, sem a autorização destas.

As alegadas instituições financeiras que concedem os créditos estão sediadas em territórios fora da Europa – por exemplo, no Brasil, na República do Benim e na República do Mali.

É exigido, no final do processo e já depois do cliente ter facultado a documentação pedida, o pagamento de um valor, a título de comissão, taxa, impostos, seguro, custos administrativos, bancários ou outros.

Se o cliente pede alguma alteração à proposta (prazo, valor das prestações, montante ou outra), a entidade financeira demonstra total disponibilidade e facilidade.

A proposta de contrato de empréstimo parece fiável porque apresenta aparentes garantias de credibilidade, no entanto, quando o contrato está escrito em Língua Portuguesa nota-se graves incorreções lexicais e gramaticais.

O empréstimo nunca chega a ser concedido e além da perda das quantias entregues ainda acresce o facto dos dados pessoais terem sido facultados aumentando o risco de nova fraude e uso indevido.